Meu primeiro contato prático com A/TAA foi em 2004, quando tive a oportunidade de acompanhar visitas do grupo Pet Smile, criado e coordenado pela psicóloga e médica veterinária Dra Hannelore Fuchs.
O grupo é formado por voluntários treinados que levam os animais (cachorro, coelho, tartaruga, peixinho e porquinho da índia) em enfermarias pediátricas de hospitais de SP. Na época acompanhei visitas em dois hospitais, Santa Casa da Misericórdia de SP e Hospital Pediátrico Nossa Senhora de Lourdes.Toda atividade é acompanhada de perto pela coordenadora do projeto, uma profissional com experiências enriquecedoras.
Nestas visitas que participei, realizei meu trabalho de conclusão do curso de psicologia, intitulado "A presença de animais em um hospital pediátrico: hospitalização versus interação" (Karen T. Corrêa, Fernanda R. Queiroz e Prof Ms Cláudia Gomez). Apresentado em diversos congressos da área da saúde.
É indescritivelmente apaixonante ver os rostinhos das cças acamadas e com quadros clínicos comprometedores sorrirem ao verem os animais, era um momento mágico qdo elas descobriam que tinham várias espécies de animais diferentes à disposição para visitá-las.
Uma das muitas características que me agrada neste projeto, é essa, a deles aproveitarem cada espécie de animal para o trabalho de A/TAA. Acho fascinante que até mesmo um peixinho de aquário pode contribuir para a recuperação de uma cça hospitalizada.
Essa interação cça-animal é capaz de trazer inúmeros benefícios:
-quebra da rotina hospitalar
-desvio do foco da dor e da doença
-melhora significativa de sintomas de ansiedade e depressão
-redução da pressão arterial
-atua como catalisador social, favorecendo a comunicação entre profissional-paciente
-retomada de boas memórias e lembranças.
A partir desta experiência prática, a vontade de iniciar atendimentos com a técnica se tornaram mais presentes...
Finalizo o texto com dizeres da fundadora do grupo PetSmile:
"No ambiente hospitalar, a presença do animal é um apelo para o lado positivo do ser humano. Implica que lhe forneçamos um canal para criatividade, humor, imaginação, descontração, que lhe ofereçamos, mesmo por instantes, a possibilidade de novos comportamentos, a possibilidade de cura".
Abços. 
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