Bem Vindo...

Pesquisando na internet vi que ainda é muito restrito o acervo sobre Terapia Assistida por Animais, pretendo através deste, encontrar outras pessoas interessadas no assunto, para conversar e trocar experiência sobre esta técnica tão apaixonante!

17 de set. de 2010

Parte IV: Atuando no hospital

Desenvolver um trabalho com um co-terapeuta de 4 patas em uma instituição hospitalar exige muita responsabilidade. A principal que eu considero, é que o vínculo de confiança e comunicação entre o "condutor" e o pet seja muito grande. Além é claro, de muita experiência de ambos em trabalhar com a técnica e um rigoroso controle de saúde e assepsia.

Muitos me perguntam qual a reação dos profissionais de saúde ao verem um cão dentro de um hospital. A grande maioria reage positivamente e a entrega ao animal é imediata, mas claro, que a confiança para alguns tem que ser construída, para estes, basta verem alguns atendimentos e o benefício que esta traz aos pacientes, para também se encantarem.

A nossa primeira experiência em uma instituição hospitalar aconteceu no ano de 2007, em um hospital auxiliar do HCFMUSP. De ínício os atendimentos ocorriam na área externa do hospital, com um grupo pequeno de 5 pacientes no pré operatório para serem submetidos a cirurgia bariátrica. O benefício deste atendimento a estes pacientes era visível: redução da ansiedade, maior disposição e confiança.

Logo que chegávamos no hospital, muitos pacientes vinham nos receber, e era comum perceber alguns rostos curiosos olhando pela janela e dizendo: "A Drika chegou!" Não se passou muito tempo, e logo fomos convidadas a atender pacientes de outras enfermarias, desta vez, dentro do hospital.
Por ser um tema pouco difundido no Brasil, achei pertinente coletar dados e informações neste período de estágio na instituição. A pesquisa teve como enfoque observar o benefício da presença do co-terapeuta animal, nos atendimentos psicoterápicos. Se prontificaram a participar da pesquisa 60 adultos, internados por diversos diagnósticos.

Alguns benefícios observados:
- mudança da rotina hospitalar/humanização do atendimento
- facilita a comunicação/catalisador social
- diminuição de estresse, depressão e ansiedade
- o animal age como uma referência estável do mundo externo/favorece a reabilitação
- desvio do foco da dor e da doença
- retomada de boas memórias e lembranças

O tema é extenso, são muitos os casos e muita experiência, não só profissional, mas pessoal obtida. Encerro com uma frase que resume tudo, e foi dita por um de nossos pacientes atendidos:

"A técnica de terapia por animais e pacientes é de suma importância para nossa recuperação. Drika é sinônimo de festa e alegria, quando ela chega em nosso quarto é só descontração, o amor que nos passa com seu olhar, suas lambidas, nos dá boa sensação de bem estar, e mata as saudades dos nossos animais que estão em casa" (SIC - G.C.S. 57 anos).

Abços

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